quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Um pequeno gesto

Existe muita coisa que precisamos fazer. A maioria delas está no campo das obrigações. As poucas que sobram se dividem entre atividades que trazem prazer (mais individuais, voltadas pra nós mesmos) e algumas ações solidárias (voltadas para os outros).
Pensando sobre estas muitas coisas DE UMA OUTRA FORMA, entendo que poderíamos tirar maior proveito de todas elas com um pequeno esforço extra, que seria um pequeno gesto. Mesmo que este gesto seja no campo da obrigação, ampliando a ação para um pouco mais além do que o esperado.
Estamos nos acostumando, infelizmente, a trabalhar e a viver sob o parâmetro do "assim está bom". Quando fazemos algo pra nós mesmos, naquela esfera das atividades cheias de prazer, muitas vezes ficamos no "bom", quando com um pequeno gesto a mais, chegariamos ao ótimo. Assim, comemos nossa comidinha requentada (afinal, pra quem está sozinho em casa, já está bom), demoramos em renovar o guarda roupa (pra quem tem tantas contas, esta roupa está boa), não presenteamos com charme a esposa ou esposo (pra quem está casado há tanto tempo dar uma lembrancinha está muito bom), e vamos por aí, vivendo um contentamento limitado, enquanto muito mais está disponível.
Provas quase boas, trabalhos quase impecáveis, prazos no limite, discursos quase impressionantes, pessoas quase satisfeitas. Nesta linha do "assim já está bom" não chegamos ao limite de nosso pontencial, quer seja nos divertindo, nos presenteando e vivendo com prazer, quer seja trabalhando ou servindo a outros.
Na realidade, as pessoas estão tão carentes de atenção e gentileza, e ao mesmo tempo tão angustiadas pelas necessidades, que o mero cumprimento de nossa obrigação é para elas uma ação maravilhosa, e qualquer toque a mais (um sorriso, um abrir de porta, um pequeno presente ou mesmo um pouco de carinho ao dizer um não) é visto como um gesto sublime...
Experimente a arte de ser sublime, então. Um pequeno gesto a mais. Comece por você. Extenda para os outros. Acredito que agindo assim, DE UMA OUTRA FORMA, a vida vai ter um gostinho diferente em muitos momentos e na maioria das muitas coisas que temos pra fazer. Pense nisto.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O que nos espera lá fora?



Ultimamente descobri que tenho medo de muitas coisas que antes não faziam nem sequer parte de meus pensamentos. Isso é estranho. Pensei que estava imune a este tipo de sensação, mas confesso que temi (e temo) as idéias que minha mente teceu nestes últimos dias.
Minha sensação de imunidade vinha de uma certeza que eu cultivava. Era a certeza da capacidade de superar barreiras, de vencer obstáculos e de criar alternativas favoráveis mesmo diante dos maiores desafios.
Porém, uma coisa aconteceu. Talvez um acontecimento que seja inevitável na vida de cada um de nós, seres humanos. Aconteceu uma mudança de perspectiva, acompanhada de uma mudança de campo e de uma mudança de expectativa.
Não é que a capacidade de superar tenha deixado de existir, e também não é o caso de se pensar que a rede de amigos que me sustenta, que o aprendizado que obtive, e que a experiência de vida tenham simplesmente deixado existir. O fato é que este conjunto de três mudanças mexeu com a coluna mestra da minha segurança: a comodidade.
Quero convidar você a pensar sobre isso junto comigo, como sempre, DE UMA OUTRA FORMA. Podemos começar tentado entender melhor este tipo de medo que rouba nossa tranquilidade quanto ao dia de amanhã. De forma bem simples, este medo pode ser entendido com uma certeza. Começamos a construir o firme pensamento de que algo ruim vai acontecer. Um certeza que não mostra o que exatamente vai acontecer, mas deixa claro que não é algo bom, e de que não podemos fugir.
Este tipo de pensamento mexe com nossa comodidade. De alguma maneira, ele nos faz pensar que o lugarzinho aconchegante que construímos com nosso trabalho, com nossa vivência e que se tornou nossa fonte de alimento, de calor e abrigo pode ser tirado de nós. Estávamos tão habituados a saber o que fazer, a conhecer as pessoas a quem podíamos recorrer, a dominar inteiramente a forma de resolver as questões, e de repente, descobrimos que alguém apareceu, que algum fato ocorreu, que pessoas em lugares distantes tomaram decisões equivocadas, ou no mínimo arriscadas, e por conta disso, meu lugarzinho quente e seguro começou a ruir.
É mais ou menos a idéia que Spencer Jhonson defende no clássico "Quem mexeu no meu queijo?". A comodidade é algo que gostamos, e que nos dá a sensação de que temos o domínio da situação. O futuro parece certo, até que vem o medo causado pela tripla mudança...
A mudança de perspectiva ocorre quando somos forçados a olhar pra vida de um outro ponto de vista. Uma comparação que você nunca tinha feito pode ser o gatilho desta mudança. Você de dá conta que as pessoas estam usando equipamentos que você não domina, e que gente muito mais nova que você já alcançou coisas que você ainda estava pensando se convinha fazer... Nesta nova perspectiva, você já não é tão informado, capacitado e preparado como antes...
Com a nova perspectiva, vem o reconhecimento de que o espaço a sua volta mudou. Seu território encolheu. É a mudança de campo. Gente nova, habilidades que você não sabia que precisava de ter, lutas pelo domínio do terreno, cercas derrubadas (cercas frágeis que você julgava instransponíveis) e uma nova geografia, onde valores muito diferentes do seus (e muitas vezes distorcidos) reconfiguram a paisagem. Você precisa se recolocar e o seu "lugarzinho aconchegante" começa a desabar de vez.
Agora é a vez da expectativa mudar. Você não sabe mais se pode esperar por algo bom. E, pronto! Está formada a tríade que constrói o medo e que gera a imobilidade. Pode parecer que eu esteja sendo muito pessimista, mas é simples constatação. Os ingredientes da receita podem ser outros, ou tudo isto pode ser dito DE UMA OUTRA FORMA, mas o fato é que muita gente, em algum momento da vida, sofre estas mudanças (de perspectiva, de campo e de expectativa), e começa a olhar o mundo como um ratinho acuado em seu esconderijo... A figura do gato grande nos vigiando a porta da toca, esperando por um deslize, pronto pra dar um golpe certeiro e mortal com suas unhas afiadas.
O que nos espera lá fora? E este "lá fora" significa o amanhã, a semana que vem, o voto do governo em aprovar ou desaprovar leis que podem mudar minha vida, a decisão das pessoas sobre nos aceitar ou repudiar, a aprovação do meu trabalho ou a opinião que outros terão de mim. Este "lá fora" pode ser a forma de continuar ganhado dinheiro, pode ser a concorrência cada vez maior, ou até mesmo a ausência de quem sempre esteve por perto...
O ratinho no buraco pergunta "e se...?". Nós fazemos a mesma pergunta todos os dias. Talvez a grande diferença entre pessoas que alimentam o medo e outras tantas que alimentam esperança seja o enfoque. O enfoque negativo da pergunta "e se...?" nos aprisiona na imobilidade. O enfoque positivo alimenta a criatividade e nos faz encarar as mudanças de perspectiva, campo e expectativas como oportunidades.
E se quebrar? E seu eu perder? E se não gostarem? E se não for bom? E sem o gato me pegar? Tudo isso pode acontecer... Mas a permanência no buraco não vai ajudar... Talvez o gato não esteja mais lá fora...
E se eu fizesse aquilo? E se eu ganhar? E se der certo? E se gostarem? E se houver outra saída? Tudo isso pode acontecer... Sair do buraco pode ajudar... Talvez o gato esteja lá, mas vale a pena arriscar.
Não estou dando nenhuma receita de sucesso. Lembre-se de que comecei este texto dizendo que tenho medo. Estou apenas fazendo uma constatação, reconhecendo que o medo existe, de que lá no fundo sabemos como ele foi criado, e que de forma bem simples, sabemos como vencê-lo. O que nos espera lá fora? E se for algo bom? E se a gente arriscasse?
Ainda tenho medo, mas estou me dispondo a usar a vertente positiva das perguntas que proponho. Talvez isso seja bom pra você também. Pense nisto.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Por quanto tempo mais?

A imagem ao lado representa bem certas fases da vida, onde a pressão e o cansaço são constantes. Vamos subindo a escada, volta após volta, degrau após degrau e não enxergamos o fim... As pernas doem, a mente fica atordoada... As pessoas cobram, e nós não temos forças... Continuar ou voltar são opções dolorosas... Ficar pelo meio do caminho, sentado em um degrau, não é opção, pelo menos uma opção digna...



Por quanto tempo mais? Quantos dias, ou quantos meses, ou quem sabe anos vamos ter que aguentar a pressão, o gosto amargo de um dia que já começamos sentindo cansaço e frustração? É como combater um enxame de moscas com uma varinha de bambu... Você se agita, bate, rodopia, se abaixa, pula, corre e o resultado do seu esforço é muito pequeno diante dos muitos problemas que circulam sua cabeça zunindo e incomodando...



Estou tentando pensar sobre frustração DE UMA OUTRA FORMA. Quero enxergar uma solução que passe longe dos remédios para depressão, de um retiro em uma clínica de repouso ou da resolução de chutar tudo pro alto. Estou tentando entender que lições estas fases negras nos podem ensinar, e que tipo de óculos devemos usar para ver o que está por trás destes momentos de insatisfação.



Por mais que projetemos nas circunstâncias e também nos outros a responsabilidade por toda esse enxame de problemas, quem está segurando a varinha (e convenhamos, é uma arma inadequada) somos nós. Quem dá os passos na escada sou eu. Então, é preciso que a ação que soluciona o problema parta de mim mesmo.



Eu diria que há uma grande, imensa probabilidade de que eu não acerte a reposta para estas questões. Mas também há uma pequena chance de encontrar um bom indício da solução dos problemas. Pode parecer muito bobo, meio cômico até, mas parece que a solução para viver em meio a esta fase (e viver não é contar dias, mas experimentar, colher, aprender, crescer nestes dias negros) é a simples e velha forma de viver que existe desde que Deus colocou o primeiro ser humano neste vasto universo: um dia de cada vez...



Uma mosca por vez, um degrau por vez, um fôlego por vez, um problema por vez... Inevitavelmente os degraus da escada se acabam, as moscas desistem, os problemas se resolvem. Pensando em dias difíceis DE UMA OUTRA FORMA, descubro novamente o valor da determinação. Se eu desistir, além de ter que descer todos os degraus que já subi, vou descobrir com toda certeza uma outra escada por aí...



Para dias tenebrosos, fases escuras, e para a frustração que esmaga a vontade e o desejo, o melhor remédio é DETERMINAÇÃO. E determinação, meus amigos, é uma decisão. A decisão de jamais desanimar. Pense nisto...

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Cinco Minutos

Uma pequeno período de tempo. São 300 segundos. Observei o ponteiro de meu relógio de pulso dar cinco voltas completas, e por incrível que pareça o mundo não mudou em nada. Pelo menos aparentemente. Mas consegui ter uma gama de idéias sobre mudar enquanto acompanhava o pequeno ponteiro em seu trabalho impecável.
Para que meu mundo mude, é preciso começar, talvez, com uma dose diária de cinco minutos. Uma dose de 300 pequenos tics e tacs para que comecemos a mudar nossa mentalidade. Em outras palavras, nossa maneira individual de pensar e julgar.
É engraçado como eu já falei tanto de mudança e nunca tinha pensado em começar por aqui: com meus julgamentos. Se eu não mudar minha forma de julgar, se eu não mudar as lentes que uso pra enxergar o mundo, a mudança não vai dar certo.
Não falo de julgar o que é bom ou mau, certo ou errado, lícito ou ilícito. Os princípios eternos, universais e desejáveis, sempre justos e imutáveis já nos orientam quanto a estes pontos. Falo de julgar momentos, formas, jeitos de fazer, pessoas, escolhas...
Quando paramos cinco minutos e pensamos sobre o modo como pensamos, quando entendemos que nossa mentalidade representa as idéias que temos, nossas impressões, nossas suposições, nossos pensamentos inculcados e muitas vezes não repensados, entendemos que nossos julgamentos podem estar completamente equivocados.
Cinco minutos nos fazem bem. Cinco minutos nos fazem ir além do óbvio. Cinco minutos nos mostram que mudar de verdade passa por olhar de uma outra forma. Afinal, esta é a proposta desde o início, não é?
O julgamento após cinco minutos me mostrou que não preciso mudar o mundo. Preciso mudar a forma como tenho tratado e encarado as coisas. Mudar minha mentalidade com relação ao que me incomoda. Muitas coisas serão vistas de um modo novo. Acredito que algumas realmente serão mudadas, e outras se mostrarão tão boas como sempre foram, menos para meu julgamento superficial.
Experimente o poder dos cinco minutos. Ele pode ajudar a mudar o que primeiramente precisa ser mudado: sua forma de entender o mundo, sua mentalidade. Pense nisto.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Relevante & Essencial


Nos livros bíblicos, as pessoas que resistiram à perseguição causada pela prática de sua fé, mantendo os princípios e fidelidade a Deus, são chamados de remanescentes. Eles são aqueles que, em número reduzido, simbolizam a crença firme, a decisão de jamais desanimar, a interiorização das virtudes e a fidelidade aos princípios da lei. O remanescente é um símbolo dos que vencem. Uma forma, talvez um pouco pejorativa, de chamar o remanescente é "aqueles que sobraram".


Pensando DE UMA OUTRA FORMA, essência também pode ser aquilo que permanece, aquilo que sobra. O senso comum nos diz que aquilo que sobra é justamente o que não chama atenção, não é considerado bom e que não é valorizado. Claro que em um grande número de casos, estas impressões estão corretas, ma quando falamos daquilo que é essecial na vida, podemos estar comentendo um grande equívoco.


Quero convidar você a pensar comigo sobre estas "sobras" de um jeito diferente. Já falamos sobre a essência ser aquilo de mais precioso, de ser a parte principal. Quero que você reflita sobre isso mais um pouco. Vamos tentar entender e formar uma visão diferenciada de como temos tratado, em nossa vida, a essência que existe em nós e o que é essencial para que vivamos da melhor maneira possível.


Existem coisas que são muito relevantes. Quando digo que são relevantes, digo que elas são tratadas como tendo um grande valor. Essas coisas são proeminentes, elas se impõe, se apresentam e praticamente não admitem serem desconsideradas. Elas são importantes, desejáveis, fazem diferença e todos reconhecem isso.


Não é à toa que devemos procurar ser relevantes em nossa comunidade, em nosso trabalho e principalmente em nossa família. Ser relevante é ser ouvido, ser notado, ser respeitado por aquilo que sabemos e fazemos. Isso pode fazer muita diferença quando falamos de cumprir nossos propósitos e obter satisfação.


Porém, ser relevante é apenas parte do processo de tornar-se uma pessoa boa. Quando falamos de essênica, estamos falando de extrair o bálsamo precioso da vida. Estamos falando de tirar tudo o que é secundário (ainda que valioso) e ver o que "sobra".


Numa visão totalmente diferente, estamos falando no que "sobra" como aquilo que de maneira nenhuma abriríamos mão. Existem coisas tão preciosas que não podem ser cortadas, esquecidas e deixadas no esquecimento. Quando falamos de extrair a essência, estamos falando de encontrar um fator de equilíbrio para aquilo que é relevante, para que nossa alegria aconteça.


Relevante é aquilo que você julga ser. Algo que tem valor para a sociedade. As pessoas elegem, consideram e alardeiam o valor do que é relevante. Pessoas relevantes são reconhecidas na TV, nas empresas, nas escolas. Relevância tem ligação com utilidade prática, com aplicação imediata, com resultados certos.


Essencial é aquilo que você sente ser. Algo que tem valor para você, e um valor que você quase não pode explicar, mas que praticamente todo mundo entende. É como, em um dia de faxina, você se recusar a jogar fora aquele caderninho velho, encapado com plástico vermelho, que já está deformado pela tempo e manchado de poeira, mas que traz a sua letrinha de criança e aquele recadinho carinhoso da professora, que foi um dos primeiros e maiores elogios que você recebeu...


O relevante se impõe na hora, enquanto o essencial aguarda silenciosamente sua decisão. O relevante é necessário e o essencial imprescindível. Os dois juntos são bases importantes para que sua vida seja completa, para que você seja uma pessoa boa.


Talvez muita gente esteja sentindo a alegria escapar por estar utilizando um em maior medida e negligenciando outro. E isso não é uma descoberta recente. Já há vários anos, em várias áreas de conhecimento, muitos estudiosos chamam nossa atencão pra isso. Mas quer seja pelo fato de estarmos muito envolvidos no senso comum, quer seja pelo apelo exagerado do mundo que nos cerca, quase todos nós vivemos uma dose maior de valorização e busca da relevância em detrimento daquilo que é essencial.


E parece ser tão forte este apelo, que muitas vezes agimos contrariamente ao que sentimos para não ouvir as pessoas comentando sobre nossa atitude, julgando que não valorizamos as oportunidades, que não seguimos as tendências. Esse apelo é tão devastador, que por mais que concordemos com o que estamos lendo neste momento, somos nós mesmos (inúmeras vezes) parte da voz que acusa e censura quem não entroniza o relevante mesmo quando o essencial se mostra com toda clareza...


Vamos tentar exemplificar isso com uma lista simples e um exercício de seleção de itens. Na lista que se segue, com dez itens, estamos desafiando você a cortar sete. Isso mesmo. Corte, despense, rejeite, elimine 70% das coisas listadas. Vamos lá.


1) Amor

2) Alegria

3) Pessoas

4) Status

5) Dinheiro para as necessidades

6) Amigos

7) Família

8) Trabalho

9) Emprego

10) Saúde


Se o seu teste foi parecido com o meu, você encontrou dificuldade. Você questionou se trabalho e emprego não são a mesma coisa. Você questionou a existência dos itens pessoas, família e amigos, tentando entender qual deles é mais necessário, mais importante... Você, mesmo que brevemente, deve ter pensando no que as pessoas diriam se você cortasse o iten família, mesmo que sua relação familiar seja horrível...


Aquilo que você não consegue cortar de nenhuma maneira é o indício do que é essencial em sua vida. Já aquilo que você entende como bom, como moral, como desejável mas que compete com aquilo que você não se imagina cortando, é relevante.


Assim surgem os pares TRABALHO x FAMÍLIA, PESSOAS x STATUS, ALEGRIA x EMPREGO... Já sabemos muito bem o que pensar sobre isso, já sabemos o peso destas coisas, e já sabemos como são valorizadas por todos, em praticamente toda sociedade do mundo. O que precisamos pensar DE UMA OUTRA FORMA é o meio de equilibrar estes dois fundamentos.


Nossa sugestão é aprender a extrar a essência. Assim como o óleo fino extraído das flores e vegetais, que se transforma naquela gota preciosa que perfuma, que encanta, extrair vida dos acontecimentos e de cada dia que vivemos, pode tornar o que é relevante ainda mais belo, e fazer com que nossa alegria seja inteira e renovada. Pense nisto.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Essência


Feche seus olhos e use sua memória. Procure lembrar um dia em que você nem ao menos sentiu o tempo passar de tão envolvido com alguma atividade. As horas voaram, e quando você se deu conta, até lamentou que o dia tivesse acabado. Você ficou satisfeito com o que fez, e sentiu-se muito bem...


Que tipo de atividade era esta? Era o seu trabalho? Era uma pesquisa da escola ou faculdade? Era um projeto pessoal? O que havia de especial nele? O que pode ser comparado com essa sensação gostosa de não ver as horas passarem e não sentir o dia acabando, estando completamento absorvido pelo que se está fazendo, que explique o porque disso?


Quando me faço estas perguntas, o melhor exemplo em que consigo pensar é no tempo da infância, no tempo do brincar. Nas férias da escola, assim que o sol nascia, eu já estava pronto para o dia. Eu praticamente amanhecia na porta dos colegas de brincadeira, depois de desejar ardentemente que a noite passasse logo.


A brincadeira era tão envolvente que não sentíamos fome. As mães, pelo meio do dia, apareciam nos portões e janelas gritando por nós. Era isso o que nos trazia de volta à realidade. E era mesmo a contra gosto que íamos para o almoço.


Comida engolida, lá estávamos de novo. Correndo, jogando e brincando de forma tão intensa que as pancadas, cortes e arranhões não eram sentidos ou percebidos até a hora do banho, já a noite, só depois de novos gritos nos portões nos alertando para o adiantado da hora. E mesmo a noite, estando cansados, já começava a ansiosa espera por um novo dia de brincadeiras.


Havia um encantamento no brincar. Era isto o que os motivava e nos mantinha vibrantes, entusiasmados, alegres. Apareciam obstáculos, mas eles eram vencidos rapidamente para que o objetivo de brincar fosse alcançado. Se fosse a proibição de um pai, lá estávamos em comissão para negociar. Se era a falta de um brinquedo, inventávamos outro. Se chovia, a garagem de alguém se convertia em quadra, campo ou outra coisa que a imaginação ordenasse. Se era uma tarefa a ser feita, ou a fazíamos a todo vapor ou dávamos um jeito de fazer depois. Às vezes nós até fazíamos um mutirão pra liberar logo um colega mais atarefado... E mais do que isso, muitas vezes as tarefas se convertiam em brincadeira, e eram feitas com satisfação e mais uma vez sentíamos o tempo voar, num exercício gostoso de fazer o que se gosta e aprender a gostar do que se faz.


Se a brincadeira era algo que exigia gastos, porque não vender doces, juntar latinhas, pedir aos pais? Se uma mãe mais rigorosa exigia boas notas para liberar a brincadeira, estudávamos. Nada era obstáculo grande o suficiente para nos separar daquilo que queríamos.


O encantamento não vinha das brincadeiras. Em sim mesmas, eram simples e muitas vezes repetidas. E não havia um lugar mágico onde brincávamos, como a Terra do Nunca, de Peter Pan. Brincávamos na rua, em um lote vazio ou no quintal de casa.


O encantamento vinha de nós mesmos. O segredo de obter imensa satisfação, máximo contentamento e envolvimento total com as coisas mais simples, vivendo plenamente o presente sem fantasmas do passado e sem preocupações futuras era simplesmente o fato de sermos crianças!


Sentíamos da maneira como sentíamos porque éramos inteiramente o que nascemos para ser e fazíamos o que adorávamos fazer. Aquilo era algo que nos era próprio, então vivíamos com alegria porque vivíamos em harmonia com nossa essência.


É uma dolorosa constatação que fazemos do fato de que a maioria de nós não vive mais este encantamento. Em um determinado ponto do caminho perdemos contato com nossa essência. Começamos a estudar matérias que não nos atraem, a fazer coisas que nos são impostas e que tomam todo o tempo, a conviver com a escassez de trabalho (já que as brincadeiras eram abertas a todos) , com a responsabilidade e com a agenda cheia. Tudo isso, apesar de não ser de todo mal, nos faz perder aquele sentimento de satisfação. Ao invés do tempo voar e do espírito ficar satisfeito, as horas se arrastam e o corpo cansado experimenta sentimentos de frustração.


De certa forma, as responsabilidades da vida adulta e as poucas alternativas acabam por condicionar nosso comportamento, nossas escolhas e nossa conduta. O ideal seria que esse condicionamento não nos furtasse a alegria espontânea e que não nos fizesse esquecer o que realmente somos e gostamos. O ideal seria temperar nosso contidiano com o doce sabor da vida e com o aroma perfumado de nossa essência.


Para que nosso trabalho tenha o mesmo encantamento que tinham as brincadeiras da infância, precisamos recuperar a vida com essência. Precisamos aplicar o que temos de melhor nas tarefas que temos pela frente e buscar, de algum modo, fazer o que fomos criados para fazer, o que nos dá prazer. Podemos não trabalhar com algo diretamente ligado a nossa essência, mas podemos usar o poder de nossa essência naquilo em que trabalhamos, aprendendo a não só fazermos o que gostamos, mas a tornar gostoso aquilo que fazemos.


Precisamos aprender a redescobrir nossa essência, olhando para nós mesmo DE UMA OUTRA FORMA, para que tenhamos relacionamentos vibrantes, dias alegres, para produzir resultados, para obter sucesso e prolongar o prazer de nossas realizações.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Essencial


Todos enfrentamos o desafio de descobrir e viver o que é essencial. Todos nós precisamos descobrir o que realmente viemos fazer aqui nesta vida. Todos os credos religiosos falam de nossa missão, e todos os grandes filmes de aventura nos mostram que os hérois possuem um chamado grandioso e nobre. Mas todos concordam que é árdua a tarefa de descobrir esta porta que nos conduz à plenitude de vida e de verdadeira satisfação. É raro descobrir esta essência que nos conduz a alegria verdadeira e a abundância de vida.


Claro, podemos passar pela vida sem isso. Muitos conseguem. Eles chegam ao final de seus dias sem ter feito nada mais do que cumprir a rotina imposta por seus meses e anos de pressão e aculturação. E muitos até conseguem ser felizes por bons períodos de tempo. Colecionam frustrações e algumas vitórias, e fazem um delicado malabarismo ao equilibrar seus sonhos e anseios de um lado e o vazio de estar apenas cumprindo tarefas repetitivas de outro.


Mas por outro lado podemos tentar descobrir aquilo que é essencial e conseguir mais da vida. Pessoas que vivem momentos de felicidade são muito diferentes daquelas que experimentam alegria verdadeira. Estas últimas tem tantos problemas e dificuldades quanto as primeiras, mas elas possuem algo que aqueles que se acomodam à rotina deixam de obter: certeza.


A essência é um bem interior que nos fala daquilo que somos de verdade. Pessoas que descobrem o que é essencial vivenciam a certeza de saber quem são e para o que foram criadas. Elas conhecem suas características únicas, seus pontos fortes e começam a usá-los. Pessoas que descobrem sua essência são orientadas por propósitos motivadores e entendem que precisam fazer aquilo que mais sabem, que lhes dá prazer, que completa seus dias e que beneficia os outros. Viver em essência é ter certeza de quem somos, é ter certeza de nossa missão e ter certeza de que existe um alvo maior. Viver em essência é saber que temos contribuições únicas a fazer e que apenas seguindo uma rotina imposta ou adaptando a vida aos acidentes que acontecem nunca seremos plenos.


Há um outro grupo de pessoas que vive acidentalmente. Eles aceitam o que lhes é imposto sem muita reflexão. Vivem de acordo com os acidentes que lhes acontecem. Acidentes são aqueles eventos indesejáveis e inesperados que insistem em querer mudar nosso rumo. Mas viver o essencial é escolher corrigir o rumo após cada evento, cada dor, cada golpe. E só a certeza de quem somos pode nos ajudar a corrigir diariamente este caminho.


Qual sua essência? Ou em outras palavras, quais são suas qualidades intrínsecas, imutáveis, que você reconhece com seus sentimentos e sensações cada vez que elas se apresentam numa imagem, numa música, numa palavra? Você pode descobrir isso buscando entender o que lhe é mais precioso, o que você gosta e faz com naturalidade, o que lhe dá um prazer puro e de efeitos duradouros.


Essência é viver em certeza. Essência é identidade. Talvez devessemos ter sido ensinados desde o berço, e talvez devesse existir na escola uma matéria sobre como descobrir o que temos de mais valioso em nosso íntimo. Infelizmente nossos pais e professores, em sua grande maioria, padece do mesmo desconhecimento... E não se pode ensinar o que ainda não aprendemos. Mas podemos aprender.


Descobrir o essencial é um ato que se inicia com um olhar introspectivo, na serenidade que a frustração causa. Quando a dor de perder se insinua e o coração arde, quando a dor de não ter faz a cabeça latejar, quando a dor de não ser fere profundamente o espírito, quando descobrimos que somos impotentes, dependentes e solitários, quando o grito da insatisfação quer sair cortando a garganta totalmente sem som e sentido, quando agarramos tudo com as mãos sem poder segurar nada e sentimos que o pouco que temos está escoando entre os dedos, o que é essencial se materializa, e deixa o rosto molhado e marcado. Precisamos reconhecer na lágrima transparente que brota do íntimo, aquilo que realmente importa. Aquela pequena pérola líquida revela nossos sentimentos mais profundos e desejos mais ardentes: nossa essência.


Se você atentar bem, é um processo bem parecido com o que os perfumistas extraem a essência das flores. Quebrantamento e esmagamento extremo. Pressão e compressão ao máximo. Um triturar impiedoso, uma força potente e inexorável que não cede até que a gota preciosa seja extraída da flor. Essência é a parte principal.


Não é preciso muito pra fazer diferença. Essências são concetradas, e apenas uma gota basta para modificar as substâncias que estão em contato com elas. Não fique imaginando que você precisa fazer algo grandioso para encontrar seu caminho e mudar sua vida. Talvez não seja uma grande e maravilhosa ideia que irá lhe trazer fortuna, e nem a luta sem tréguas irá lhe trazer alegria, e talvez nem mesmo o trabalho árduo e a insistência incansável lhe tragam o sucesso e a fama. Talvez todos estes fatores se mostrem insuficientes para a plenitude de vida sem a gota maravilhosa de sua essência.


Basta só uma gota dela para influenciar todos os aspectos de seu caráter, do seu jeito de ser. Ao descobrir e aplicar esta preciosa substância do seu íntimo tudo muda. Você passa a enxergar seus valores mais preciosos e a ter uma nova visão de mundo. Você começa a exalar seu perfume e a viver sua identidade.


Isso acontece independentemente do contexto. Você não é mais vítima da vida e sim um agente dela. Não são mais os acidentes que traçam seu caminho, embora eles continuem acontecendo. Agora você exala seu perfume único da identidade e da certeza de sua missão e vive em alegria. é como uma flor linda e perfumada que brota no deserto. Lá não existe ninguém para apreciar suas cores e aspirar seu perfume, mas independente disso ela é colorida e perfumada, pois essa é sua essência, sua parte principal, aquilo que importa, o que faz diferença, sua missão e sua alegria.


Mas como podemos obter tudo isso? Será que existe um método secreto que somente algumas pessoas sabem? Será que apenas alguns agraciados de Deus podem viver assim, em essência?


Precisamos pensar a respeito com muita calma, com muita seriedade. Podemos viver razoavelmente bem da maneira como estamos. Podemos nos contentar com momentos de felicidade, ou podemos extrair de nosso íntimo aquilo que temos de melhor, nosso dom único e valioso, que perfuma tudo o que toca.


Podemos oferecer a nós mesmos uma chance sagrada de viver em plenitude. Basta uma gota! Quando nossos sentimentos e sensações se materializarem naquela gotinha brilhante e saltarem de nossos olhos, precisamos deixar que ela role devagar, sentir seu gosto salgado e tentar sentir este sabor DE UMA OUTRA FORMA para descobrir o que é essencial. Pense nisto!







domingo, 8 de fevereiro de 2009

Indignidade


Há alguns anos aconteceu um congresso. Era um encontro para toda a América do sul. Os organizadores escolheram o tema “criatividade” e convidaram as maiores autoridades da área para palestrar sobre os efeitos, as técnicas, os conceitos e sobre sua aplicação ao trabalho e à liderança... Na época (e ainda hoje) eu era um aficionado pela questão da criatividade, tendo lido vários livros, pesquisado e me aventurado a dar algumas palestras sobre o tema.

Não preciso dizer o quanto estava desejoso de poder assistir a este encontro. Infelizmente o investimento era bem maior do que eu imaginava. Mas quando já estava conformado com a idéia de não participar, um amigo que havia trabalhado comigo me ligou dizendo que estava na cidade e me pede pra encontrar com ele. O local do encontro era justamente o hotel onde acontecia o congresso.

Lá encontrei, além de meu antigo chefe e de um palestrante do Rio de Janeiro, que muitas vezes veio aos nossos eventos, outros dois amigos que sempre dividiam comigo a organização dos programas que promovíamos. Os dois primeiros estavam inscritos no congresso e queriam dividir conosco algumas idéias e projetos que estavam rascunhando.

Em certo momento, ouvimos que o ciclo de palestras iria começar. Foi sugerido que cada um de nós fosse para uma palestra, captasse o máximo de informações e depois nos encontrássemos para formular um novo evento. Só havia um problema: três de nós só estavam ali por serem visitantes dos hóspedes. Tivemos acesso ao hotel, mas não estávamos inscritos... Mesmo assim, acabamos entrando nos auditórios e salões onde estariam os famosos palestrantes que eu tanto queria ouvir...

Eu me acomodei e me preparei para ouvir. Mas havia um desconforto crescente. Cada vez que uma das pessoas que trabalhavam no evento passava por mim, eu sentia que sabiam que eu estava ali de penetra. Senti-me “roubando” algo, e cada vez ficava mais inquieto. Eu já sabia que aquilo não era certo quando entrei, pensando que conseguiria burlar minha consciência me dizendo “afinal, estou aqui mesmo...” mas não consegui. Eu era um intruso, sentia um desconforto enorme e morria de medo de minha farsa ser descoberta. Sai do salão disposto a esperar pelos outros e dizer a eles que não conseguia fazer aquilo. Quando cheguei lá fora, meus dois amigos estavam saindo também. Ficamos felizes por termos sentido e agido da mesma forma...

Naquele dia, sentado no auditório, o sentimento que estava em meu coração era o da indignidade. Quantas vezes nos sentimos assim no decorrer da vida? Parece que todos são melhores do que nós. Os outros aparentam sem mais capazes, melhor preparados, mais conhecedores, mais admirados, mais confiantes e fortes e detentores de um direito que não temos, enquanto nós sentimos que estamos invadindo um espaço sagrado... Quero convidar você a pensar comigo sobre indignidade DE UMA OUTRA FORMA.

A primeira impressão que a indignidade desperta é justamente a da invasão. Parece que o espaço que ocupamos não é nosso, e que entramos ali através de uma tábua solta ou de uma porta arrombada. Sentimos que somos penetras que serão descobertos a qualquer momento e que serão lançados porta afora sem o direito de reclamar. E por fim, sentimos até certo alívio em pensar assim, porque acreditamos de verdade que aquele lugar é bom demais pra nós...

Depois vem a impressão da negligência. Fomos displicentes e desatentos e por isso nos vemos em uma situação difícil, para a qual não fomos preparados, na qual não devíamos estar. Ou fazemos algo que é vergonhoso demais pra mencionar (ficamos olhando em volta com medo de alguém conhecido estar nos observando) ou fazemos algo de forma muito falha, revelando nossa incompetência e impossibilidade de estar ao menos cogitando fazer algo assim...

Em seguida o sentimento do desconforto, em que nos perguntamos por que deixamos tudo isso acontecer, por que mais uma vez fomos pisar em um lugar que não era nosso, que não merecíamos nem contemplar. Ficamos desesperados com as pessoas que nos observam ali, porque parece que todas elas sabem que somos falhos, falsos e indignos... É uma cena que ocorre em vários filmes em que o personagem principal finge ser o que não é, e tenta desesperadamente, durante todo o filme, sustentar sua farsa, somente pra ser descoberto no final, numa cena de muita vergonha e ao mesmo tempo alívio... Sentimos o desconforto de ser uma farsa que pode ser descoberta a qualquer momento...

Incerteza sobre nosso real valor. Alguém como nós (indignos) tem mesmo importância na vida das pessoas? Nós fazemos alguma diferença? Quando nos sentimos indignos esquecemos-nos de tudo o que fizemos de positivo, não nos lembramos de ninguém para quem sejamos importantes. Tudo o que sabemos é que não merecemos estar onde estamos, que somos maus demais, impotentes, incompetentes, inconvenientes e farsantes...

Generalizamos nossa condição. Tudo o que fazemos, e não somente aquele momento, é ruim. A indignidade nos faz pensar que todo ato, que todo trabalho, que cada escolha e cada pensamento nosso é de todo ruim e falso.

Dados estes passos, seguimos negando a condição de recuperação. Seremos sempre indignos e nunca conseguiremos nada de bom. Isolamento é nosso passo seguinte, pois longe das pessoas não seremos olhados com desprezo e nem faremos mal a elas. Depois sentimos dor e abandono. Em seguida depomos as armas e entregamos nossa esperança...

Você já se sentiu indigno? Eu já, e mais de uma vez... Porém, muita gente consegue superar isso. Nos filmes que mencionei quase sempre o final é feliz e quase sempre fica um enorme aprendizado. Nós podemos nos tornar dignos de respeito, mais do que das outras pessoas, de nós mesmos. Basta que pensemos DE UMA OUTRA FORMA. Vamos ver a indignidade não como uma sentença perpétua, mas como estado que deve provocar uma reação positiva que nos faça crescer.

Sendo assim, quando se sentir indigno, para a impressão de que está invadindo um espaço que não é seu, busque desenvolver pertencimento. Sinta-se aceito, acarinhado. Confie no amor das pessoas apesar do que você tem ou faz. Dê um crédito ao amor desinteressado dos que o cercam.

Busque um preparo constante para combater a impressão de estar sendo negligente e procure o conselho de outros. Na multidão dos conselhos existe sabedoria... E quando sentir-se desconfortável pelo que fez, procure seus amigos e diga a verdade. Não mascare seus erros, mas os entregue à correção.

Toda vez que estiver incerto sobre seu valor, procure visualizar o legado que está deixando. Construa e invista em deixar uma herança imaterial firme e sólida, e sempre que estiver tendendo a generalizar toda sua vida como indigna em razão de um erro, de um dia ruim ou de um tropeço, conte com os amigos sinceros para obter reconhecimento daquilo que você realmente é.

Todos nos sentimos indignos as vezes. O que faz diferença na vida de muita gente é o fato de que alguns buscam comprovação para sua situação (e fatalmente encontram) e outros buscam perdão e novas chances... Seja como estes últimos: assuma seus erros, mude a direção. Pense nisto.