Admiro profundamente aquelas pessoas fantásticas, que parecem com personagens de livros ou filmes que, simplesmente, não sentem raiva (ou pelo menos nunca demostram sentir ou se incomodar com isso). Embora já tenha lido artigos e livros que dizem que é uma ocorrência normal, que apenas precisamos aprender a lidar com ela, que não devemos sufocá-la, mas direcioná-la de forma a não ferir, etc. e tal, o fato é que não gosto de me ver sequestrado pela raiva...
Por falar em sequestro, penso que foi Daniel Goleman, em seu livro sobre inteligência emocional, quem nomeou a ocorrência excessiva da raiva, ou de outros sentimentos, como "sequestro emocional". De repente não temos mais a liberdade de escolher, de fazer ou de agir como deveríamos ou como queríamos. Somos levados, pelo sentimento, para lugares e para ações que não condizem com a pessoa que somos, tentamos ser ou ao menos gostaríamos de ser...
Nos últimos dias fui surpreendido e sequestrado pela raiva. Tenho sido uma vítima recorrente. Consigo, mesmo durante o pico da ira, manter minha postura, mas é um exercício extremamente difícil. Às vezes é preciso ficar sozinho ou ter alguém próximo para desabafar. Também é preciso me ocupar de outra coisa, qualquer outra coisa para que as mãos nervosas não acabem fazendo algo de que me arrependa depois.
Na hora da raiva, a imaginação vai longe! As cenas de tortura dos filmes ficam leves demais diante do que a mente sequestrada orquestra fazer com o alvo da raiva. Mas, a maior dificuldade e o maior perigo deste sentimento avassalador é o fel, o veneno que derramamos dentro da alma, do coração, do corpo.
Tentando pensar sobre isso DE UMA OUTRA FORMA, o que me ocorreu foi que podemos estar causando este sentimento em outros. Não que intencionalmente o façamos, como se olhássemos para alguém na rua e disséssemos "Uau! Que ótima oportunidade de causar raiva naquela pessoa!", mas muitas vezes puxamos o gatilho que dispara a raiva, a ira e o nervosismo de alguém. Até posso dizer que existem aqueles que talvez façam isso de caso pensado, intencionalmente, mas aí o caso é outro (talvez outro sequestro, de um outro tipo...).
Os gatilhos para a raiva são diversos. A intensidade da carga também muda de acordo com o alvo. Há pessoas que explodem por muito pouco, e há aquelas com quem se deve gastar uma enorme dose de provocações e desmandos para que se irritem. Há também os momentos em que estamos mais propensos, como depois de um dia muito difícil ou logo após ter passado por uma desgaste, perda ou frustração. A combinação "motivo+momento" é o estopim que detona a raiva e traz consigo as consequências, quase sempre muito negativas, da raiva.
E quando a gente explode, o efeito é exatamente a de uma bomba: atinge quem está por perto. Ficou com raiva? Explodiu? Então "tem pra todo mundo!". Chega em casa com raiva: tem para a família. Nervoso no trabalho: tem para os colegas. Irado ao fazer compras: tem para o caixa do supermercado. Irritado no trânsito: tem para o motorista da frente.
Na realidade não gostamos disso. Mas o fato é que vez ou outra, infelizmente, somos sequestrados. E, particularmente, não quero despertar no outro este sentimento. Não gosto da ideia de fazer alguém destilar fel e atingir a si mesmo e a quem está próximo com os destroços de sua raiva. Por isso decidi tomar duas atitudes bem simples e diretas: 1) vou evitar ao máximo puxar o gatilho que desperta a raiva no outro e, 2) quando alguém me provocar, vou me esforçar ao máximo para entender que em 99% dos casos, não é intencional.
Tenho estado atendo para não acionar alguns gatilhos que, pra mim, detonam a fúria. Com sei que eles incomodam muitas outras pessoas eu procuro não fazer. Alguns exemplos? Vamos lá:
1) Puxa o gatilho aquela pessoa que, na fila do caixa rápido do banco, ao terminar de tirar o extrato fica conferindo seu saldo parado diante da máquina, enquanto há uma enorme fila de gente apressada aguardando...
2) Detona o explosivo da ira aquele que fica meia hora no ponto do ônibus, que sabe bem o valor da passagem, mas deixa para contar dezenas de moedas tiradas de uma bolsinha apertada na roleta, causando um verdadeiro tumulto entre os que querem entrar no veículo...
3) Desperta a fúria de muita gente quem não se apercebe que ninguém é obrigado a ouvir suas músicas preferidas, sua risadas ou conversas animadíssimas depois de meia-noite, em um dia de semana, em alto e bom som...
4) Irritam até os mais pacientes aqueles que, ao fazer suas compras com os filhos, deixam os meninos com o carrinho na fila, e enquanto isso continuam trazendo mais produtos, enquanto os que estão atrás na fila ficam contemplando a cena com cara de espanto... e raiva!
E por aí vai! Furando filas, estacionando em locais proibidos, descumprindo regras, vamos puxando gatilhos e despertando sentimentos negativos sem saber o mal que estamos causando, sem considerar as consequências que podem advir e nos esquecendo de como nos sentimos incomodados quando o mesmo acontece com a gente.
Bem sabemos que quando a raiva se insinua e quando explode a ira, tem pra todo mundo. Mas seria muito, muito bom se causássemos nos outros sentimentos diferentes com paz, alegria e contentamento. Assim como uma cara feia, enrugada e vermelha de raiva, um rosto alegre e uma motivação feliz pode afetar positivamente quem está pertinho. Gente feliz espalha felicidade, e neste caso, também tem pra todo mundo! Pense nisto.
Na hora da raiva, a imaginação vai longe! As cenas de tortura dos filmes ficam leves demais diante do que a mente sequestrada orquestra fazer com o alvo da raiva. Mas, a maior dificuldade e o maior perigo deste sentimento avassalador é o fel, o veneno que derramamos dentro da alma, do coração, do corpo.
Tentando pensar sobre isso DE UMA OUTRA FORMA, o que me ocorreu foi que podemos estar causando este sentimento em outros. Não que intencionalmente o façamos, como se olhássemos para alguém na rua e disséssemos "Uau! Que ótima oportunidade de causar raiva naquela pessoa!", mas muitas vezes puxamos o gatilho que dispara a raiva, a ira e o nervosismo de alguém. Até posso dizer que existem aqueles que talvez façam isso de caso pensado, intencionalmente, mas aí o caso é outro (talvez outro sequestro, de um outro tipo...).
Os gatilhos para a raiva são diversos. A intensidade da carga também muda de acordo com o alvo. Há pessoas que explodem por muito pouco, e há aquelas com quem se deve gastar uma enorme dose de provocações e desmandos para que se irritem. Há também os momentos em que estamos mais propensos, como depois de um dia muito difícil ou logo após ter passado por uma desgaste, perda ou frustração. A combinação "motivo+momento" é o estopim que detona a raiva e traz consigo as consequências, quase sempre muito negativas, da raiva.
E quando a gente explode, o efeito é exatamente a de uma bomba: atinge quem está por perto. Ficou com raiva? Explodiu? Então "tem pra todo mundo!". Chega em casa com raiva: tem para a família. Nervoso no trabalho: tem para os colegas. Irado ao fazer compras: tem para o caixa do supermercado. Irritado no trânsito: tem para o motorista da frente.
Na realidade não gostamos disso. Mas o fato é que vez ou outra, infelizmente, somos sequestrados. E, particularmente, não quero despertar no outro este sentimento. Não gosto da ideia de fazer alguém destilar fel e atingir a si mesmo e a quem está próximo com os destroços de sua raiva. Por isso decidi tomar duas atitudes bem simples e diretas: 1) vou evitar ao máximo puxar o gatilho que desperta a raiva no outro e, 2) quando alguém me provocar, vou me esforçar ao máximo para entender que em 99% dos casos, não é intencional.
Tenho estado atendo para não acionar alguns gatilhos que, pra mim, detonam a fúria. Com sei que eles incomodam muitas outras pessoas eu procuro não fazer. Alguns exemplos? Vamos lá:
1) Puxa o gatilho aquela pessoa que, na fila do caixa rápido do banco, ao terminar de tirar o extrato fica conferindo seu saldo parado diante da máquina, enquanto há uma enorme fila de gente apressada aguardando...
2) Detona o explosivo da ira aquele que fica meia hora no ponto do ônibus, que sabe bem o valor da passagem, mas deixa para contar dezenas de moedas tiradas de uma bolsinha apertada na roleta, causando um verdadeiro tumulto entre os que querem entrar no veículo...
3) Desperta a fúria de muita gente quem não se apercebe que ninguém é obrigado a ouvir suas músicas preferidas, sua risadas ou conversas animadíssimas depois de meia-noite, em um dia de semana, em alto e bom som...
4) Irritam até os mais pacientes aqueles que, ao fazer suas compras com os filhos, deixam os meninos com o carrinho na fila, e enquanto isso continuam trazendo mais produtos, enquanto os que estão atrás na fila ficam contemplando a cena com cara de espanto... e raiva!
E por aí vai! Furando filas, estacionando em locais proibidos, descumprindo regras, vamos puxando gatilhos e despertando sentimentos negativos sem saber o mal que estamos causando, sem considerar as consequências que podem advir e nos esquecendo de como nos sentimos incomodados quando o mesmo acontece com a gente.
Bem sabemos que quando a raiva se insinua e quando explode a ira, tem pra todo mundo. Mas seria muito, muito bom se causássemos nos outros sentimentos diferentes com paz, alegria e contentamento. Assim como uma cara feia, enrugada e vermelha de raiva, um rosto alegre e uma motivação feliz pode afetar positivamente quem está pertinho. Gente feliz espalha felicidade, e neste caso, também tem pra todo mundo! Pense nisto.
Um comentário:
muito bom migo... precisa voltar a escrever mais...
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